sexta-feira, 5 de junho de 2009

E agora?

Já há muito tempo que não escrevo...
Hoje também não me vou extender muito...

Estes ultimos dias de aulas têm sido de loucos... apesar de não demonstrar, quarquer dia tou a dar em doida... (aliás... um primo meu que tem mais de um ano e meio chama-me doida... xD!... mas isso é porque lhe custa dizer Andreia... e eu tive a rica ideia de lhe ensinar a música das galinhas... agora passei a ser a doida... =S).

Bem... histórias à parte, e por falar em História, na penultima aula, nesta útima quarta-feira, o meu stôr de história leu-nos (a mim e à minha turma), uma conclusão linda de um livro... deixa muito que pensar...


"- Voltarei a vê-los? - perguntou com esperança. Mas, antes que alguém pudesse responder, recordou-se:

- Eu sei - disse, lembrando as palavras de despedida de Doliy. - «Aqueles que levamos no nosso coração estão sempre por perto».

Extático, Doc retirou o banjo e o chapéu de palha da sua mala preta e colocou o chapéu na cabeça. Começou a tocar e a cantar:

À medida que viajas para perto e para longe,
Não interessa onde estejas,
Lembra-te que o teu coração sempre soube:
Que os contos de fadas podem realmente tornar-se realidade.

Um coro de vozes jubilosas juntou-se-lhe. A princesa ouviu por momentos, depois voltou a abraçar rapidamente Doc e a feiticeira. Pegou no saco axadrezado e olhou, com ternura, para o simpático grupo que estava perante ela. Queria fixar aquele momento, exactamente como todos eram e como ela se sentia.

- Continua a tocar a música - disse numa voz tão melodiosa como a canção mais suave jamais cantada.

- Continuar a tocar a música é agora inteiramente contigo, princesa - respondeu Doc, abrindo as asas bem alto de forma a cobrirem-na. - Vai e vive a tua maior verdade, princesa.

- Vou - replicou ela, com convicção, com o belo círculo de luz à sua volta brilhando mais do que nunca.

Voltou-se e afastou-se do cume da montanha, crescendo a cada passo a sua excitação pela maravilhosa vida nova que ia começar. Porém, uma réstia de tristeza continuava a prendê-la. Sem saber se ou quando voltaria a ver os seus queridos amigos, parou e voltou-se para acenar um último adeus.

Para seu espanto, tudo e todos tinham desaparecido!

O Templo, Doc, a feiticeira e os pássaros - todos tinham desaparecido! Como podia ser? Esfregou os olhos, incrédula, e olhou de novo. Não havia nada.

Inspirou de forma profunda e relaxante uma vez, depois outra. Pouco a pouco, tomou consciência de um murmúrio distante e familiar, ecoando suavemente de um cume da montanha para outro. Ouviu com atenção.

- Acredita... acredita... acredita... - dizia o murmúrio. Naquele mesmo momento, muito debilmente, começou a soar uma nova interpretação da canção de Doc «Os Contos de Fadas Podem mesmo Tornar-se Realidade». Primeiro, a princesa ficou perplexa. Passou algum tempo. Depois, como um raio, compreendeu. A música vinha do seu íntimo!

Com um sorriso nos lábios, energia no andar e uma canção no coração, começou a descer para um esplendoroso pôr-do-sol de mil cores. "

adaptado das duas últimas páginas de
A princesa que acreditava em Fadas, de Marcia Grad, Ed. Presença


Lindo, não é?