segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Nova Etapa



Aqui estou eu, mais uma vez a escrever... será este o meu memorial? Quem sabe?



Não tenho o costume de escrever em diários... Já tentei adquirir esse costume, mas não consegui! Agora a ver se de vez em quando venho aqui deixar algumas memórias, já que a minha vai de mal a pior... Será pura distracção, ou Alzheimer precoce? (Ahahah! Lá está aparecer a minha veia de "hipocondríaca"!! xD!)




Para começar, estas férias foram super normais: mês de Junho e Julho e inícios de Agosto aqui pela capital, finais de Agosto pela adorada "santa-terrinha", borgas com os amigos (quase tudo estrangeiro), e inícios de Setembro por Madrid! =D




Bem... tirando as férias... ENTREI NA FACULDADE!!!!!!




xD!




Pois é... entrei na primeira fase, logo para a minha primeira opção! A notícia foi tãoo "bombástica" que ligaram-me de propósito para Madrid (durante a 1ª larga de touros que assisti sem ser em Alcañices)!




Fiquei mesmo contente! Ainda mais quando soube que de todos aqueles que concorreram para a minha faculdade e para o meu curso, apenas 39% conseguiram entrar!




Após a minha entrada na faculdade, o momento mais marcante foram as praxes: SIM! Aquele bicho-de-sete-cabeças que toda a gente fala horrores, mas quase todos entram!



No primeiro dia de praxes levei comigo uma amiga minha de Madrid... A rapariga ficou HORRORIZADA! Disse que Portugal estava completamente fora de questão para Erasmus, e acredito que num futuro muito próximo, não haverá muita gente do curso da Administração de Empresas e Direito em Madrid a vir de Erasmus a Portugal...



Voltando ao assunto das praxes, estas não foram lá muito como eu esperava... tinha a ideia k envolvessem ovos, farinha, muita água, muita porcaria... mas pelos vistos não...


Houve também momentos duros e momentos divertidos.... Nos duros posso afirmar que a quantidade de gradadas, inundações, pega-monstros e "ri-me, fodi-me" foram demasiado exageradas... tão exageradas ao ponto de ainda hoje sentir dores horríveis nas articulações, que antes das praxes nunca me tinham dado muito trabalho...


De bom, posso destacar alguns momentos divertidos, como o baptismo na fonte da Nações no Parque das Nações (aguinha verde lindinha), e a ida à Baixa de Lisboa, a pedir "esmola"... De certa forma até fez-me pensar que devia ter seguido línguas em vez de educação... mas ainda vou a tempo! =D



Em termos de aulas... o ensino superior não tem nada a ver com o secundário!!! Dá cá uma trabalheira... Trabalhos para aqui, testes para ali... uff... estou mesmo a precisar de férias!!



Felizmente há sempre os alunos de música, que de vez e quando tocam uma musiquinha que dá bem para relaxar! =D



E por falar em música: TENHO UM TECLADO!!!!! =D


É o meu "bebezinho"!!! Lindo, lindo, lindo! Vem com pautas incorporadas e tudo! Mas até agora ainda só tive tempo para aprender o "Para Elisa"... mas ainda quero aprender muito mais! "Balada Para Adelina", "River Flows In You", "Kiss The Rain", e muitas outras! Mas o que os meus pais querem mesmo que eu aprenda é as musiquinhas pimbas para animar as festinhas das aldeias deles... =(



Bem... acho que é tudo... a ver se tenho mais tempo e mais inspiração... a ver se escrevo mais aqui para que ninguém se dê ao trabalho de ler isto!



xD!


sábado, 1 de agosto de 2009

Recordando a Mensagem de 20 de Março..


Pois é... acho que vou deixar o resumo do filme para outro dia...

Hoje tive a rever um bocadinho daquilo que andei a colocar no meu blogue, e reparei que algumas coisas mudaram.

Para começar, as minhas dúvidas sobre como ir para a faculdade.
Durante estes meses andei a pensar... e muito, e decidi que o ideal é por enquanto ficar em Lisboa, para o ano ir de Erasmus, e caso me adapte bem à Complutense de Madrid, peço a minha transferência para lá... caso os meus planos não corram tão bem, sempre tenho a opção de Lisboa. E fica tudo na paz dos deuses, escuso de estar a perder um ano, visto que para entrar em Espanha os portugueses têm que perder um ano, e ninguém se chateia!

Agora em relação à questão dos exames nacionais... até que nem correram mal... para mim!

Bem que dizia que era um "zero-à-esquerda" a português, mas lá consegui safar-me com um 15, o que foi bastante bom, porque a média nacional rondou pelos 11 valores...

Em relação a MACS (Matemática Aplicada às Ciências Sociais), fiquei bastante surpreendida, porque não estava nada confiante, achei o exame demasiado dificíl para o meu gosto, houve exercícios que nem consegui fazer, e mesmo assim consegui ter 15 e manter o meu 15 de nota final! Nada mal!

Em relação a história... essa foi a pior nora, mas mesmo assim estive a cima da média nacional, o que já é bom...

Espanhol... essa nota ainda foi a que me desiludiu mais, a que me deixou mais frustrada! Foi tão fácil o exame, mas mesmo tãããooo fácil, que eu andava toda convencida que ia ter 20! Que só não rebentava com a escala porque não podia! Não é que eu fui tirar a porcaria de um 19? É estúpido estar a dizer isto, para muitos não faz sentido, mas para mim faz, porque uma vez na vida eu queria tirar um 20 que não fosse a TIC, ou a Matemática, ou a Teatro! Queria mostrar que era mesmo boa!

A ver se tenho agora essa oportunidade na faculdade... disciplinas como música e teatro, não vou tolerar tirar menos do que 15... isto também para ser modesta, porque 15 a uma disciplina à qual se tem gosto, não é muito…

Quando acabar o primeiro semestre, a ver se me lembro de vir cá "reflectir"...


sexta-feira, 31 de julho de 2009

Meu Caro Ibérico José Saramago


Ontem fui convidada para assistir à estreia de uma curta-metragem sobre uma história infantil de José Saramago.

Era suposto estar lá o autor, e eu, já toda emocionada por vir a conhecer um homem já quase centenário e que faz parte da história de Portugal, acabei por apanhar uma grande desilusão. Pelos vistos o General Spinola continua a ser a única personagem realmente histórica com quem eu já tive contacto, tirando alguns políticos que de vez em quando decidem aparecer pela rua a dar ar da sua graça, e tirando também grandes actores como Ruy de Carvalho e Eunice Muñoz, com quem tive quase o mesmo privilégio que com o Spinola, pois apenas o Spinola sorriu para mim…

Bem, como eu ia dizendo, fui ver curta-metragem “A Maior Flor do Mundo”… A meu entender, a moral da história é que o amor das crianças faz com que tudo sobreviva e cresça… isto porque se não fosse a criança protagonista da história, o raio da flor ficava de tamanho normal, e morria à seca… Isto muito resumidamente, é claro.

Mesmo assim, o que me marcou nessa curta não foi a moral da história, mas sim uma frase que se encontrava no final, e por casualidade em português, já que todas as legendas e sinais que apareciam na curta estavam em galego: “E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”.

Pelos vistos, um senhor que se lembra de escrever algumas obras sem pontuação, dar vários defeitos físicos e psicológicos aos seus heróis (sim, porque Baltazar era um assassino maneta) e que se lembra de inventar intrigas sobre a família real portuguesa (ex: uma rainha em vez de desejar seu rei deseja seu cunhado; um soldado que tem uma paixão por uma das infantas mais feias que algum pintor retratou), de vez em quando lembra-se de algo com sentido!

No inicio d’ “A Maior Flor do Mundo”, Saramago diz: “As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças, sendo pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usá-las complicadas. Quem me dera saber escrever essas histórias, mas nunca fui capaz de aprender, e tenho pena.”

Da minha parte, apenas tenho a dizer que Saramago tem bastante jeito para histórias infantis… mais do que para adultos… mas quem sou eu pare reclamar, eu que apenas li o “Memorial do Convento” e um dia vi o filme “A Jangada de Pedra”?

Bem… por hoje é tudo… a ver um dia destes me lembro de contar como foi a longa-metragem que se seguiu a esta curta. Os meus parabéns a quem se lembrou de colocar 1 curta-metragem antes de uma longa-metragem: A ARTE NÃO DEVE MORRER!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

E agora?

Já há muito tempo que não escrevo...
Hoje também não me vou extender muito...

Estes ultimos dias de aulas têm sido de loucos... apesar de não demonstrar, quarquer dia tou a dar em doida... (aliás... um primo meu que tem mais de um ano e meio chama-me doida... xD!... mas isso é porque lhe custa dizer Andreia... e eu tive a rica ideia de lhe ensinar a música das galinhas... agora passei a ser a doida... =S).

Bem... histórias à parte, e por falar em História, na penultima aula, nesta útima quarta-feira, o meu stôr de história leu-nos (a mim e à minha turma), uma conclusão linda de um livro... deixa muito que pensar...


"- Voltarei a vê-los? - perguntou com esperança. Mas, antes que alguém pudesse responder, recordou-se:

- Eu sei - disse, lembrando as palavras de despedida de Doliy. - «Aqueles que levamos no nosso coração estão sempre por perto».

Extático, Doc retirou o banjo e o chapéu de palha da sua mala preta e colocou o chapéu na cabeça. Começou a tocar e a cantar:

À medida que viajas para perto e para longe,
Não interessa onde estejas,
Lembra-te que o teu coração sempre soube:
Que os contos de fadas podem realmente tornar-se realidade.

Um coro de vozes jubilosas juntou-se-lhe. A princesa ouviu por momentos, depois voltou a abraçar rapidamente Doc e a feiticeira. Pegou no saco axadrezado e olhou, com ternura, para o simpático grupo que estava perante ela. Queria fixar aquele momento, exactamente como todos eram e como ela se sentia.

- Continua a tocar a música - disse numa voz tão melodiosa como a canção mais suave jamais cantada.

- Continuar a tocar a música é agora inteiramente contigo, princesa - respondeu Doc, abrindo as asas bem alto de forma a cobrirem-na. - Vai e vive a tua maior verdade, princesa.

- Vou - replicou ela, com convicção, com o belo círculo de luz à sua volta brilhando mais do que nunca.

Voltou-se e afastou-se do cume da montanha, crescendo a cada passo a sua excitação pela maravilhosa vida nova que ia começar. Porém, uma réstia de tristeza continuava a prendê-la. Sem saber se ou quando voltaria a ver os seus queridos amigos, parou e voltou-se para acenar um último adeus.

Para seu espanto, tudo e todos tinham desaparecido!

O Templo, Doc, a feiticeira e os pássaros - todos tinham desaparecido! Como podia ser? Esfregou os olhos, incrédula, e olhou de novo. Não havia nada.

Inspirou de forma profunda e relaxante uma vez, depois outra. Pouco a pouco, tomou consciência de um murmúrio distante e familiar, ecoando suavemente de um cume da montanha para outro. Ouviu com atenção.

- Acredita... acredita... acredita... - dizia o murmúrio. Naquele mesmo momento, muito debilmente, começou a soar uma nova interpretação da canção de Doc «Os Contos de Fadas Podem mesmo Tornar-se Realidade». Primeiro, a princesa ficou perplexa. Passou algum tempo. Depois, como um raio, compreendeu. A música vinha do seu íntimo!

Com um sorriso nos lábios, energia no andar e uma canção no coração, começou a descer para um esplendoroso pôr-do-sol de mil cores. "

adaptado das duas últimas páginas de
A princesa que acreditava em Fadas, de Marcia Grad, Ed. Presença


Lindo, não é?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A Desinspiração Leva-me À Inspiração...


É verdade... hoje não me sinto nada inspirada... Não se pode pedir tudo de uma pessoa todos os dias!
Como é que eu deito cá para fora o meu interior, se nem todos os dias estou disponível para tal?
Por exemplo: hoje decidi "navegar" por alguns blogues e amigos, conhecidos e de desconhecidos, e o que é que me deparei? Ou falam sobre sentimentos que não são seus, ou publicações de alguém, ou parvoíces que não têm piada nenhuma (ai se ele vê isto...), e quando falam dos seus sentimentos, são sobre os sentimentos que têm para com outro, não aquilo que eles sentem mesmo para com sigo próprios, ou aquilo que se passa verdadeiramente com eles, mas falam principalmente "deles com os outros". Será que não e nosso direito, pelo menos uma vez na vida, falarmos sobre nós próprios, aquilo que queremos, aquilo que é melhor para nós, aquilo que sentimos, fazermos o nosso próprio mundo? Se não utilizamos um blogue (ou uma espécie diário) para reflectirmos sobre a nossa existência, quando é que o podemos fazer?
Vistas bem as coisas, se calhar aqui o "bicho-raro" sou eu, por fazer disto o meu mundo, do qual eu sou o centro, e apenas aparecem alguns personagens que se interferem no meu caminho. Para quê ocupar o meu tempo pensando noutra(s) pessoa(s), que no final de contas não são tão importantes para a nossa felicidade?
As pessoas vêm e vão, e no final só ficamos nós. Para quê nos prendermos em especial um ideal de vida, sem pensarmos em nós, se no final apenas só resta a pessoa em si?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Parabéns!


Antes que me esqueça, que com esta minha memória nunca se sabe, quero aproveitar para registar aqui que hoje a minha mãe faz 47 anos que nasceu, mas... como só foi registada no dia 2 de Maio, ninguém se lembra dela hoje...
Mesmo assim quero aproveitar para lhe mandar 1 beijinho muito grande, apesar de saber que é muito improvável que um dia ela venha a ler isto...

A Saga Continua... e com ela o martírio...


Pois é... aqui estou eu mais uma vez... a lamentar-me pelos cantos, sem saber o que fazer da minha vida, nem do meu futuro... Sim, porque é o MEU futuro que está em questão, e não o dos outros que já têm a vida feita e que já caminham para a reforma.

Batendo mais uma vez na mesma tecla, volto a falar da mesma coisa: a minha ideia louca, mas genial, de fazer os meus estudos superiores em Espanha. Se continuo assim, qualquer dia terei de mudar o nome deste blogue para "Estudar Em Espanha", ou "Dúvidas De Uma Rapariga Sem Apoio Nem Perspectivas".

Vendo bem as coisas, até ando a batalhar bastante, porque 50% do trabalho já consegui: convencer a minha mãe de que o ideal para mim é ir para a terra de "nuestros hermanos" (no caso da minha mãe, é mesmo dos irmãos dela, no meu caso, é mais dos tios, primos e amigos). Tudo isto, porque ela se lembrou que ELA gostaria que eu fizesse Erasmus em França, coisa que não estaria nas minhas opções se ficasse em Portugal, pois se tal acontecer, irei inevitavelmente fazer Erasmus em Espanha.
Infelizmente, os outros 50% do trabalho, ou seja, o meu pai, foram os primeiros que eu consegui conquistar, já há dois anos, mas como já referi (infelizmente), esses 50% foram perdidos quando alguns familiares decidiram "meter o bedelho onde não são chamados". Mas que mal é que eu lhes fiz?
Ainda me lembro que há um ano e meio, um amigo do meu pai veio falar comigo para saber se eu estava mesmo interessada em ir estudar para o estrangeiro. Pelos vistos o meu pai andava por aí a gabar-se que a filha dele ia estudar para o estrangeiro, que era ela que queria tamanha responsabilidade, e que estava orgulhoso da filha. Agora eu pergunto: para onde foi todo esse orgulho?? Será que se eu quisesse tirar direito, ou outro curso qualquer sem ser educação de infância, ele me iria deixar ir??? Será isto preconceito, ou apenas querem estar contra mim?
O pior de tudo, é que a minha mãe queria discutir (educadamente) com o meu pais sobre este assunto à minha frente, que a única coisa que ele fez foi resmungar e dizer que à minha frente não se falava nisso. Que idade é que ele pensa que eu tenho???
Isso é o que se diz às crianças para saber se vão ao Karaté ou ao Ballet! Mas do que estamos aqui a tratar, é do MEU FUTURO!!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Em Busca de Novos Horizontes

Olá a todos!
Bem como já devem ter percebido (ou não), ao contrário de muita gente, eu não faço este blog para os outros lerem, mas sim para mim... mesmo assim continuo estupidamente a escrever para "alguém", ou seja, apesar de escrever apenas para mim, escrevo também para alguém que queira ler... alguém... quem não sei, mas alguém!
Será que com isto estou-me a tornar uma "saramaguista" ou uma "pessoista"??? Até novos vocábulos já invento!
Não sou como aquelas pessoas que escrevem sobre o seu coração partido, ou sobre os seus melhores amigos, nas esperança que certas pessoas leiam os meus "testamentos", na esperança que lhes dêem mais valor. Não, eu não sou assim. Não tenho o endereço do meu blog mesmo no topo do meu hi5, nem no Nick do MSN. Quem me quiser dar valor, dá-lo por aquilo que eu sou, não por aquilo que eu escrevo, na esperança que os outros pensem que sou uma pessoa diferente só porque escrevo "coisas muito bonitas".
Aliás... eu até tenho vergonha de mostrar este blog aos meus amigos... a maior parte deles nem imagina que eu gosto de escrever, muito menos que sou adepta destes blogs...
Este blog é uma coisa minha! O meu interior, o qual não me importo de partilhar com desconhecidos, e esporadicamente vou mostrando a alguns amigos, mas só mesmo aqueles que eu sei que têm gosto por estas coisas.
Certamente, se um dia destes me der na cabeça e mostrar este blog a algum desses meus amigos, e se por infortúnio do destino, decidem dar 1 olhadela a este poste, vão começar por dizer "Esta Andreia é mesmo uma CABRA!", e quando chegarem a esta parte,o que já sei que algumas pessoas não o irão fazer por se sentirem criticadas, quando aqui chegarem, vão fazer 1 "sorrizinho" e dizer que "esta gaja até tem razão!"
Bem... em suma, apenas quero voltar a afirmar que este blog é um pouco de mim, esse pouco que tal como eu, vai crescendo e vai evoluindo, e tal como nas fotografias, um dia lembrar-me-hei de voltar a este blog, e ver a minha evolução, não fisicamente, mas intelectualmente.

Como já alguém disse: "Escrever é a melhor forma de nos tornarmos imortais!"... só é pena é que essa pessoa já morreu...

Bem... reflectindo agora um bocadinho sobre o titulo que coloquei a este post, e deixando-me de criticas construtivas aos outros, gostaria de falar de um assunto que me tem afligido nestes últimos tempos: a FACULDADE!

Sim, sim... aquele monstro de 7 cabeças que aflige sempre os alunos do secundário, principalmente os indecisos ou os que não têm nenhuma expectativa de vida para o futuro.
Felizmente, esse não é o meu caso, sei muito bem aquilo que quero, mas...
O que é certo e sabido, é que eu quero seguir teatro. Infelizmente os de "cá de casa" não apoiam... logo, como segunda opção, e visto que todos nós temos o dever de ceder um bocadinho (infelizmente eu tive que ceder na minha felicidade), lá vou eu tirar o curso superior de Educação Infantil, o qual também requer bastante arte e criatividade, visto que as crianças não são nada monótonas, têm sempre a imaginação a 100 à hora, e são os seres mais sinceros que pode existir! Depois de tirar o curso, aí sim, irei dedicar-me mais ao teatro... pelo menos são esses os planos que tenho...

Mesmo assim, o meu problema não se refere ao meu futuro a longo prazo, mas sim ao meu futuro a curto prazo...

Sendo assim, passo a explicitar melhor o meu problema: para onde ir?

É meu desejo, e grande mesmo, ir estudar para Madrid.
E porquê?
É simples: mais liberdade, mais responsabilidade, mais concentração (visto que cá em casa, com a família, é raro o dia em que me consigo concentrar), mais alegria, e sem duvida alguma, mais aventura! É certo que o facto de me identificar bastante com a cultura espanhola, também contribui muito.
Agora aqui vai mais uma vez a opinião dos de "cá de casa": "Se não estudas em Portugal, vais fazer o que para Espanha??", "Se tens média para Portugal, porquê Espanha?", "Preferia pagar-te uma privada!". É claro que estas não são só as opiniões dos meus pais, mas também de outros familiares que têm a mania de meter o bedelho onde não são chamados. Chamemos a estes "os de Lisboa".
Felizmente também tenho familiares que me apoiam, e quem são eles? Chamemos-lhes "os de Madrid"!
Bem... visto isto, até dá a sensação de que sou adorada por todos, mas a meu ver não!
Digamos que os de Lisboa têm umas mentes mais conservadoras, e para eles, Espanha só em ultimo caso, e qual é? Falta de média para medicina, visto que não há privadas de medicina!
"Giro", não?
Na outra ponta temos os de Madrid, pessoas que a meu ver têm uma mente mais aberta, que acreditam que só se aprende com os erros, e não com as dicas dos outros. Pessoas que para eles em primeiro lugar está a estabilidade emocional, e só depois a profissional e económica. Será da cultura espanhola?
Mesmo assim, como eu sou uma pessoa persistente (há quem diga teimosa), e como ja cedi em relação às minhas prioridades profissionais, penso que está na hora de serem os outros a cederem a meu favor.
Já ando a preparar os meus pais desde que tinha 14 anos, ou seja, já há quase 6 anos que lhes ando a dizer que quero sair de casa, para estudar, é claro, e devo confessar que eles já estiveram mais convencidos em deixar-me ir... mas é claro... sempre que ouvem os de Lisboa, voltam com a palavra a trás, mas felizmente, sempre que ouvem os de Madrid, voltam a ceder um bocadinho.
Como eu também não sou estúpida, para além de os vir a preparar psicologicamente, tenho também apostado noutras maneiras mais drásticas: inscrevi-me no exame nacional de espanhol, apesar de nunca ter tido aulas, principalmente porque a minha escola nunca quis leccionar esta disciplina! E como cometi esta loucura, claro que com o consentimento da minha mãe, passo a ter obrigatoriamente duas opções: ou inscrevo-me até ao dia 26 no Instituto Cervantes para um mini-curso de castelhano, que me servirá de preparação para o exame, ou então, tenho que ir à procura de um explicador. Bonito serviço, não?
Com toda esta minha loucura, surgiu-me outro problema: e se não me agrada a nota do exame??
Eu sei das minhas capacidades a castelhano, e não é para ser convencida, mas sei que na oralidade sou bastante boa, e são poucos os portugueses residentes em Portugal, que nunca viveram em Espanha, que se possam gabar de ter uma boa pronuncia e vocabulário... mas o meu medo depara-se na gramática.
Se a português já sou o que sou, como serei a castelhano?
Se tiver uma nota pouco satisfatória, será essa a desculpa dos meus pais para não me deixarem partir?
O que virá a seguir?

Só espero que quando este tormento todo acabar, que me lembre de aqui voltar para poder gravar o resultado de todos estes acontecimentos....

Para terminar, caso alguém tenha a paciência de ler isto, espero que nada disto lhe esteja a passar, e mesmo que esteja, pelomenos já é bom saber que não está sozinho... por isso avisem-me, caso também estejam assim! =)